ACERVO DIGITAL MLLC

Memória e Documentação das Ligas e Lutas Camponesas da Paraíba

APRESENTAÇÃO

O passado reconstruído não é refúgio, mas uma fonte, um manancial de razões para lutar (Ecléia Bosi).
Ecléia Bosi

A ideia de criação do Acervo Digital “Memória e Documentação das Ligas e Lutas Camponesas da Paraíba” surgiu quando, em uma das nossas idas à sede da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em João Pessoa, identificamos a existência de um acervo físico de documentos e notícias de jornais, relativo à sua ação e à questão da terra no estado da Paraíba, organizados em escarcelas de cartolina e de plástico. Pensamos que, se pudéssemos transformar aquele material em um acervo digital, possivelmente garantiríamos não só sua conservação, mas, sobretudo, a preservação da memória da questão agrária paraibana aí inserida a ação da CPT e dos sujeitos e atores sociais dela partícipes.

Organizar documentos, notícias de jornais, vídeos, filmes, mapas e fotografias sobre as Ligas Camponesas da Paraíba e as lutas por terra, água e direitos dos trabalhadores rurais que lhes deram continuidade e disponibilizá-los à sociedade é dar voz a memórias silenciadas pela repressão e pela história oficial, aos que morreram lutando por um pedaço de chão. Também é lutar contra o esquecimento daqueles que, como Elisabeth Teixeira e um grande número de homens e mulheres, enfrentaram o latifúndio, sobreviveram à ditadura, à violência dos aparelhos repressores do Estado (milícia e justiça), dos proprietários de terra e de seus jagunços. É reviver não só a história dos mortos e desaparecidos, mas também a história dos vitoriosos: dos que lutaram e conquistaram seu pedaço de chão, daqueles e daquelas que, como Elisabeth, dedicaram suas vidas à luta pela dignidade do homem do campo, motivo maior da luta em prol da reforma agrária. É contribuir para a divulgação das lutas de ontem, mas também das lutas de hoje. É destacar o papel da CPT, de suas coordenações, de seus agentes pastorais laicos e religiosos. É evidenciar a importância dos movimentos sociais que lidam com a questão agrária como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o movimento sindical entre outros. É trazer à tona o papel do Estado através das ações do Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA), do Instituto de Terras da Paraíba (Interpa, antiga Fundap) e dos governos estaduais e municipais. Finalmente é apresentar a face da justiça expressa, de um lado pelo comprometimento de agentes do direito com os desmandos dos poderosos e, de outro lado, através das ações de juízes e advogados populares na luta pela não criminalização dos trabalhadores, de suas lideranças, de agentes pastorais, isto é, a luta pela defesa intransigente do direito à vida dos trabalhadores rurais que lutam por um pedaço de chão e por justiça social.

A construção do “Acervo Digital das Ligas e Lutas Camponesas da Paraíba” transformou-se em nosso sonho de final de vida. Inicialmente, era um sonho individual. Porém, desde o momento em que o apresentei à CPT e tive um projeto aprovado pelo CNPq[1] que incluía sua realização, ele se tornou um sonho coletivo. Esse sonho teve início quando uma primeira pessoa veio até nós dizendo que desejava partilhar dele: minha querida Irmã Marlene[2]. Foi ela quem nos apoiou desde o primeiro momento e, com seu entusiasmo, nos impulsionou a conduzir os trabalhos antes mesmo da aprovação da CPT. Dizia ela: “Vamos trabalhar com o que conseguirmos reunir de material até termos acesso aos documentos da CPT”. “Vamos garimpar documentos em papel e em vídeo”.

Ela trouxe consigo algumas pessoas extraordinárias que também embarcaram naquele sonho: Maria do Socorro Borges (membro da CPT), alguém de um conhecimento, de uma experiência militante e de uma sensibilidade enormes. Além de companheira de trabalho e de luta ela se tornou uma grande amiga-irmã, conselheira com quem contamos cada vez que necessitamos de um parecer maduro e consequente. Gratidão querida amiga e companheira de várias batalhas, sempre a guardarei no coração; Bárbara Zen (membro do MLLC), que além do trabalho de pensar e ajudar a construir o acervo, partilhou conosco, durante um ano, as iniciativas de organização física do setor onde pensamos em alocar os equipamentos e a sala de consulta do Acervo no Centro de Educação Popular e Agroecologia do MLLC. Essa foi outra mulher que conhecemos ao longo desse Projeto e por quem desenvolvemos respeito e admiração. Obrigada pela valiosa ajuda amiga. Somou-se a essas três mulheres, Weverton Elias Santos Rodrigues, à época estudante do curso de graduação em História do Pronera/UFPB e membro do MLLC, hoje pesquisador/historiador do MLLC. Sua tranquilidade, seu jeito amável, sério e competente nos conquistaram. Finalmente, para compor esse grupo contamos com nossa orientanda de Iniciação Científica da UFPB, Thaís Peregrino do Espírito Santo Guedes, sempre presente nas nossas boas recordações. O entusiasmo de Irmã Marlene envolvia a todos.

A proposta de buscar outras fontes levou-nos ao encontro de duas mil fitas VHS sobre a luta camponesa na Paraíba pertencentes ao Centro de Documentação Popular da Arquidiocese da Paraíba (CEDOP) criado por Dom José Maria Pires no final dos anos 1970 e início dos anos 1980. Com a aposentadoria de Dom José e a morte de Dom Marcelo Carvalheira, o bispo substituto fechou o CEDOP e todo esse material foi abandonado tendo sido localizado na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de João Pessoa, o SINTRICON, exposto às intempéries. Junto às fitas foi encontrada uma ilha de edição que foi possível reparar. Irmã Marlene e Socorro Borges fizeram contato com um dos cinegrafistas que participou dessas filmagens, Lourenço Farias Molla. Ele aceitou recuperar um a um esses vídeos transformando-os em DVDs e gravando-os em um HD externo. Resultou desse trabalho um conjunto de 100 DVDs que estão sendo convertidos em arquivos digitais para serem brevemente inseridos no acervo.  As duas companheiras de equipe também localizaram 17 fitas de filme Betacam da mesma época. Infelizmente, até agora não conseguimos uma máquina VT Betacam SP UVW 1400 ou UVW 1800 para transformá-los em arquivos digitais e incorporá-los ao Acervo. Esperamos conseguir esse equipamento para disponibilizar essa relíquia à população.

A equipe assumiu o trabalho inicial de pensar o desenvolvimento do projeto e de levar adiante uma das fases mais difíceis:  transportar tanto as fitas VHS quanto o material posteriormente cedido pela CPT e por Frei Anastácio, transportá-lo e reuni-lo. O transporte foi exaustivo pois consistia em empacotar, carregar caixas muito pesadas para o carro e para o local onde foram guardados. Mais uma vez contamos com Irmã Marlene à frente dessa atividade em conjunto com a equipe. Apesar da idade avançada ela não se furtou em nenhum momento de assumir essa tarefa e ainda dirigir seu carro para levá-la a efeito.

Outra atividade incorporada ao projeto foi a realização de entrevistas com antigos militantes e agentes pastorais para escutar um pouco da sua participação sobre a luta por terra no estado. Foram entrevistados dois representantes da Grande Alagamar:  os senhores José Antonio da Silva e José Neto. Destacamos aqui José Antonio da Silva, mais conhecido como Seu Zuza, cuja história de luta remonta à Comissão de Promoção Humana criada por Dom José Maria Pires em 1973, onde iniciou sua militância ao lado do Padre João Maria Cauchi. Participou da assembleia de fundação da CPT Nordeste II em 1988, foi membro da coordenação diocesana da CPT e atuou na equipe de João Pessoa até 2010, tendo vivenciado um dos períodos mais difíceis das lutas pela terra na Paraíba. Foi membro da Associação dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais do Assentamento Urna onde era assentado. Atuou no movimento sindical e faleceu em 2021, pouco tempo depois de ter-nos concedido a entrevista, quando exercia a presidência do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Itabaiana. As entrevistas de Alagamar foram efetuadas por Socorro Borges, irmã Marlene e Bárbara Zen. Quem as acompanhou até o local foi o Sr. Manoel Justino, antigo membro da CPT e um dos camponeses que participou da luta pela terra de Alagamar. A ele nosso agradecimento.

Entrevistas foram efetuadas também com Socorro Barbosa que desenvolveu um belíssimo trabalho como animadora na Pastoral Rural e na CPT; Absalão Francisco Montenegro, Zilma de Almeida Feitosa e Miriam Farias, importantes lideranças do MST; Maria Salete Horácio da Silva, que participou da Pastoral Rural e do Grupo de Promoção Humana da Arquidiocese da Paraíba; Frei Hermano, Padre João Maria Cauchi e Irmã Albertina Ferreira da Costa que tiveram uma participação importantíssima no acompanhamento dos conflitos de terra no Litoral e no Agreste paraibanos. Ainda em andamento está a entrevista que estamos realizando à distância com irmã Tonny Vhan Ham, uma das pioneiras no apoio à luta pela terra na Zona da Mata paraibana. Todas essas entrevistas foram efetuadas por Irmã Marlene e Maria do Socorro Borges e contou com a nossa colaboração e a de Giuseppina Rosaria Grazia a quem agradecemos o trabalho e a dedicação. O professor Marco Antonio Mitidiero do curso de Geografia da UFPB, também colaborou com o projeto repassando a entrevista que ele fez com Irmã Tania Maria da Silva, coordenadora da CPT, para sua tese. Também transcrevemos do Jornal do Povo e digitalizamos uma entrevista com Dom José Maria Pires.

No final de 2018, conseguimos a autorização da CPT para a utilização de seu acervo físico. Agradecemos de coração à Irmã Tania Maria e à toda a equipe da CPT Zonal Litoral, Várzea e Agreste, pela confiança em nós depositada. Esse acervo só existe   graças a vossa generosidade e crença no nosso compromisso político e social.

A partir de então teve início o trabalho de organização e digitalização dos documentos e notícias de jornais aos quais se somaram mais de 800 fotografias que registram ocupações de terra na Paraíba, cobrem assentamentos localizados na Zona da Mata e no Agreste, feiras agroecológicas, trabalhadores mortos na luta pela terra, comemorações, encontro de jovens assentados, encontro de mulheres assentadas, romarias, questões policiais e judiciais entre outros. Todas essas fotos foram digitalizadas e inseridas no acervo. Elas fazem parte de cinco álbuns pertencentes à Irmã Albertina Ferreira da Costa. À Irmã Albertina, nossa gratidão pelo empréstimo de tão rico material e pela confiança.

Outro material de riqueza inestimável são cerca de cinco mil cópias dos originais do processo judicial de Margarida Maria Alves que foi utilizado como fonte da tese “Terra que brota Margaridas e encerra vidas: judicialização da questão agrária e violência no campo paraibano” de Louanna Louyse Martins Rodrigues e que foi gentilmente cedido para o acervo. A você Louanna nosso agradecimento.

No processo inicial de digitalização dos documentos contamos com mais uma mulher inteligente e dedicada que nos deu todo o suporte: Ana Laurentis, participante do Grupo de Estudo sobre Trabalho, Espaço e Campesinato (GETEC/CNPq/UFPB) por nós coordenado à época.

É importante destacar que pensando na manutenção e preservação do acervo físico da CPT e das fitas originais em VHS do CEDOP bem como em possibilitar sua acessibilidade a futuras gerações, foi realizado um termo de cessão da CPT para o Arquivo da Cúria Metropolitana onde o material está depositado.   

O afastamento de Bárbara Zen para outras atividades fora do MLLC coincidiu com a chegada ao Projeto de Alana Maria Silva de Lima, membro da CPT e do MLLC, hoje, sua presidenta. Jovem camponesa, forte, inteligente e guerreira que viabilizou a realização da fase final do Projeto lutando junto à Prefeitura de Sapé pela liberação dos recursos, buscando pessoal técnico capaz de realizar essa etapa importantíssima que corresponde a da construção do Acervo em plataforma digital. Sem ela e sua habilidade de liderança e articulação, com certeza nós não teríamos concluído essa etapa do projeto. Gratidão Alane e minha profunda admiração por sua capacidade de liderança e de trabalho. Ainda se juntaram ao projeto na atividade de digitalização, Gabriella Fernandes Coelho e Rafael Fernandes.

A pandemia da COVID-19 atingiu-nos na fase em que mais precisávamos de amiudar as reuniões presenciais da equipe. Mesmo assim foi possível dar continuidade ao trabalho de digitalização e de organização dos documentos digitalizados por tema. Essa fase foi desafiadora para nós. Além do isolamento, compensado apenas pelas conversas via internet, chegara o momento de aglutinar os documentos em grandes temas e subtemas de forma a facilitar o trabalho final. Sem termos conhecimento da plataforma que seria utilizada fomos organizando o material segundo nossa intuição de pesquisadora. À medida que líamos cada documento íamos abrindo pastas e nominando-as. Surgiram as pastas de Conflitos, Assentamentos, Violência no Campo entre outras. Dentro dessas fomos criando subpastas que permitissem de forma didática uma compreensão mais detalhada de cada tema. 

Finda a pandemia, já com grande parte dos documentos digitalizados e organizados por temática, convidamos uma especialista em comunicação para assessorar a elaboração técnica do acervo: Kalyne Vieira.  Foi-nos sugerido a utilização do repositório digital baseado no sistema Tainacan, desenvolvido por pesquisadores brasileiros e utilizado em vários museus. Aprendemos que deveríamos organizar os temas e subtemas no que na linguagem técnica se denomina de Coleções. Depois de muito pensar, chegamos a duas grande coleções: a) a que aglutina o material segundo o ano do documento e; b) a que reúne o mesmo material por grandes temas. Ao todo temos cerca de seis mil arquivos já inseridos nas coleções. Kalyne foi responsável pela implementação do sistema Tainacan. Muito agradecida, Kalyne, pelo seu lindo e competente trabalho técnico quanto pela revisão tão cuidadosa desse texto.

Nem tudo, porém, está devidamente pronto até o lançamento do Acervo uma vez que só conseguimos técnicos especializados para a transferência dos arquivos para a plataforma Tainacan em novembro de 2024. Isso porque, com o fim do financiamento do CNPq em 2020, ficamos quatro anos sem recursos. Apenas em 2023, fomos agraciados com uma emenda parlamentar de Frei Anastácio Ribeiro. Ao nosso querido amigo e incentivador, nossa eterna gratidão e nosso mais profundo respeito pelo trabalho que desenvolve em prol do povo do campo, desde a época da ditadura militar até hoje. Sem sua contribuição não estaríamos lançando o Acervo nessa data, nem contaríamos com uma equipe especializada para terminar o projeto até junho deste ano.

Os recursos da emenda parlamentar foram direcionados à Prefeitura Municipal de Sapé para serem repassado ao Memorial das Ligas e Lutas Camponesas (MLLC) a fim de apoiar a criação do Acervo. O recurso começou a ser liberado em novembro de 2024. Foi quando o Memorial conseguiu engajar à equipe bolsistas, pesquisadores e técnicos de apoio além de adquirir alguns equipamentos e materiais de custeio na tentativa de viabilizar um pré-lançamento em fevereiro de 2025, durante a comemoração dos cem anos de Elisabeth Teixeira. Nesse período nos foi entregue por irmã Tania Maria, coordenadora da CPT, mais doze escarcelas de documentos que foram repassados ao grupo agora responsável pela digitalização: Sayonnara S. Santos, Emanuelle Vitória da Silva e Jéssica Silva. A transferência dos arquivos para o sistema Tainacan cabe a Arthur Campelo e Emmanuel Carneiro Clemente. Francisco Hélio Silva Vieira responsabilizou-se pela atividade de conversão dos DVDs em arquivos digitais. Infelizmente não foi possível concluir essa etapa dos trabalhos a tempo do lançamento do acervo.

Finalmente, conseguimos chegar a este 14 de fevereiro de 2025, na semana de comemoração dos cem anos de Elisabeth Teixeira, símbolo da resistência e da luta pela terra na Paraíba e no Brasil, em condições de lançarmos a primeira fase do Acervo.  Esperamos que ele contribua para o fortalecimento das lutas do hoje pelo exemplo do ontem, que colabore com cursos de Educação Popular, com pesquisas na área da questão agrária da Paraíba e com a formação política dos jovens do campo e da cidade.

Que o Acervo das Ligas e Lutas Camponesas da Paraíba seja uma das homenagens que a CPT e o MLLC, através de nossa pequena equipe de trabalho presta a Elisabeth. Que esse sonho transformado em realidade pelas mãos de um coletivo sonhador constitua uma chama capaz de ressignificar a memória da luta camponesa na Paraíba estimulando e motivando não apenas sua continuidade, mas, sobretudo, a não deixar morrer a esperança de um dia partilharmos juntos a democracia da terra, o fim da pobreza e da miséria no campo, o surgimento de uma sociedade pautada na solidariedade, na generosidade do partilhar, do compartilhar onde o “eu” seja substituído pelo “nós” e onde o amor e a união substituam o ódio e a desigualdade.

Elisabeth, ontem você disse ao teu grande amor: – Pedro, eu marcharei na tua luta! 

Hoje somos nós que te dizemos: – Elisabeth, nós que acompanhamos tua promessa sendo cumprida prometemos continuar a tua luta tecendo rosários de flores para coroar teu sonho, um sonho que não foi nem nunca será em vão. Tua luta continua e continuará na memória eternizada pelo Memorial das Ligas e Lutas Camponesas e por todos que sonham com justiça social no campo.

VIVA ELISABETH! VIVA A REFORMA AGRÁRIA!

Emilia de Rodat Fernandes Moreira
Autora do Projeto “Acervo das Ligas e Lutas Camponesas da Paraíba”

 
Irmã Marlene
Maria do Socorro Borges
Bárbara Zen
Thais Peregrino
Weverton Elias S. Rodrigues
Alane da Silva Lima
Ana Laurentis
Kalyne Vieira
José Lourenço Molla
Jéssica Silva
Arhtur Campelo
Emmanuel C. Clemente
Francisco Hélio Silva Vieira
Sayonnara S. Santos
Emanuelle Vitória da Silva
Gabriella F. Coelho
Rafael Fernandes

[1] Trata-se do Projeto “Geografia Agrária e Cartografia Histórica Crítica: refazendo e representando o percurso das lutas sociais no campo paraibano através de um acervo digital das Ligas e Lutas Camponesas” (CNPq – Processo Nº 313238/2017).

[2] Seu nome é Helena W. S. Maria Buergers. Depois de entrar na sua congregação transformou-se simplesmente em Irmã Marlene. Ela veio para o Brasil muito jovem e desde que chegou à Paraíba dedicou-se a apoiar a luta dos trabalhadores do campo por meio da Pastoral Rural e depois da CPT. Trata-se de uma mulher forte, corajosa e desprendida por quem nutrimos forte admiração e respeito. A ela nossa gratidão e a gratidão do povo do campo paraibano que ela tanto ajudou a obter terra para trabalhar e viver.